Atingindo cerca de 1% a 2% da população, a alopecia areata é um tipo de queda de cabelo, que tem como causas componentes genéticos e emocionais, e se manifesta como uma doença autoimune, ou seja, as próprias células do sistema imunológico “atacam” os folículos capilares, favorecendo sua queda.
Sua manifestação pode ser em vários graus, podendo atingir pequenas áreas da cabeça, ou até mesmo todos os pelos do corpo.
A doença não tem cura, mas existem tratamentos dermatológicos que são capazes de impedir o seu avanço e retomar o crescimento dos cabelos.
A ALOPÉCIA AREATA tem uma forte interação com estresse e ansiedade, que são desencadeadores da doença. Por isso é importante o acompanhamento com outros profissionais, para estabilizar o quadro emocional, visto que a queda do cabelo pode aumentar o quadro estressor, deixando o paciente num círculo vicioso, e favorecendo o avanço da doença.
O tratamento clínico consiste no uso de medicamentos tópicos para estimular o crescimento dos fios, podendo ser realizado a MMP (Microinfusão de medicamentos) direto nas áreas afetadas.
Os resultados variam de pessoa para pessoa, bem como o tempo que à Areata irá regredir ou estabilizar, o que observamos, é que pacientes mais engajados no tratamento, que buscam auxílio psicológico, conseguem não só estabilizar o quadro, como evitar novas ocorrências.
A areata pode se manifestar de diversas maneiras, sendo elas:
– Unifocal: Quando há calvície em uma única placa, que pode ser redonda ou ovalada, sendo ela de fácil retirada por tração;
– Multifocal: Quando há a presença de mais de uma placa ao redor do couro cabeludo, podendo afetar também outras regiões do corpo com folículos pilosos;
– Ofiásica: Quando há calvície em uma faixa inteira do couro cabeludo, gerando uma perda uniforme em uma região do cabelo;
– Total: Quando todo o couro cabeludo tem alopecia, deixando a pessoa totalmente careca;
– Universal: Quando todos os folículos pilosos são afetados, havendo calvície no cabelo, nas sobrancelhas, no buço e nas regiões íntimas.
CAUSAS
Diversos motivos podem levar a alopecia areata, sendo que os fatores que levam à condição são dois: Genéticos e imunológicos.
No primeiro, há alguns casos que a pessoa tem pré-disposição a doença. Pra exemplo, é comprovado que mais de 30% dos atingidos precocemente pela doença possuem histórico na família, o que acarreta numa pré-disposição à ter calvície e passar o gene pras próximas gerações.
Já no segundo, são diversos os motivos que ocasionam de um problema imunológico, como doenças autoimunes, alterações em glândulas, como a tireoide, além de eventos que provoquem grandes mudanças psicológicas, podendo ser estresse, ansiedade, gravidez, traumas, entre outros.
DIAGNÓSTICO
O seu diagnóstico pode ser realizado de duas formas, sendo o primeiro por meio de uma tricoscopia, no qual a área a ser observada é ampliada várias vezes em um aparelho óptico e é possível observar a área do couro cabeludo para averiguar alguma alteração.
Caso não seja possível obter um resultado pela triscoscopia, o segundo método possível é por meio de uma biópsia, analisando uma amostragem significativa de folículos para um possível diagnóstico.
TRATAMENTO
Antes de tudo, é importante ressaltar que em alguns casos, mais do que tratar a alopecia, necessitam-se cuidados psicológicos constantes, portanto é vital ir ao terapeuta regularmente para uma boa saúde mental, cabendo também dizer que terapia é para todos.
Em relação a areata em si, há alguns métodos que podem ser utilizados para tratar a calvície, como injeção de esteroides, medicamentos injetados na pele ou via oral e terapia com luz UV-A, sendo que a consulta com o especialista irá definir qual é o melhor procedimento caso a caso.
